(Por wagnerlemos@globo.com)
O ministro da jutiça, Tarso Genro (PT), começa a tirar o sono do Planalto e do PT. Após a polêmica das algemas tendo como consequência um atrito entre o STF e a Polícia Federal, agora Genro entra em mais uma questão delicada para o governo: a tentativa de responsabilizar, civil e criminalmente, agentes do Estado que praticaram torturas.
Para o “‘Estadão’“, a ambição do ministro é detonar a candidata de Lula, Dilma Rousself, para as eleições de 2010. Pesa também para a conclusão, a dificuldade de relação entre o ministro da Justiça e da Casa Civil.
Para o deputado petista Jilmar Tato (PT-SP), o papel desempenhado por Tarso não é de um ministro da Justiça, pois fala de polítca, briga com o STF e fala sobre tortura. Já o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), rebatendo o colega petista, afirmou que Genro tem sido corajoso e tocado em assuntos necessários e disse que “não é razoável imaginar que corretas sejam as queixas de pessoas comprometidas com atos de tortura”.
PARA LULA, AÇÂO DE TARSO PARECEU PLANEJADA
O presidente se irritou com o tom do ministro da Justiça, pois a forma como ele entrou na polêmica pareceu planejado.
Segundo o jornal, os militares querem ouvir apenas uma palavra de Lula: que não compactua com as idéias de Tarso, que a anistia é uma questão do Judiciário e que o Executivo não vai tomar a iniciativa de reabrir a discussão em torno da abrangência da anistia quase 30 anos após a aprovação da lei.
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