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Eike Batista é o cara

Por Wagner Lemos


O empresário Eike Batista é o 8º homem mais rico do mundo, segundo dados da revista “Forbes”, com uma fortuna acumulada no valor de US$ 27 bilhões de dólares.

Eike é dono de diversas empresas do ramo de petróleo. Estima-se, segundo “O Estado de S. Paulo”, que sua fortuna cresceu, mesmo com a crise financeira.

O Brasil entra com 18 bilionários na lista da “Forbes”:

Brasileiros

Os 18 brasileiros da lista da Forbes têm, juntos, uma fortuna de US$ 84,7 bilhões.

O segundo da lista é Jorge Paulo Lemann, sócio da cervejaria belgo-brasileira InBev, com uma fortuna de US$ 11,5 bilhões. Ele aparece na 48ª posição na lista geral.

O terceiro brasileiro mais rico, na 64ª posição da lista, é o banqueiro Joseph Safra, com uma fortuna acumulada de US$ 10 bilhões.

A família Steinbruch, dos grupos CSN e Vicunha, aparece na 136ª posição, com uma fortuna de US$ 5,5 bilhões.

Outros dois sócios da InBev aparecem sem seguida – Marcel Telles (152ª posição, fortuna de US$ 5,1 bilhões) e Carlos Alberto Sicupira (176ª posição, US$ 4,5 bilhões).

Em seguida estão o banqueiro Aloysio de Andrade Faria (201ª posição, US$ 4,2 bilhões), Abílio Diniz, do grupo Pão-de-Açúcar, e Antonio Ermírio de Moraes, da Votorantim, ambos empatados na 316ª posição, com US$ 3 bilhões, o banqueiro Moise Safra (421ª posição, US$ 2,3 bilhões), Elie Horn, da imobiliária Cyrella (437ª posição, US$ 2,2 bilhões), Antonio Luiz Seabra, da Natura (437ª posição, US$ 2,2 bilhões), Guilherme Peirão Leal, também da Natura (463ª posição, US$ 2,1 bilhões), Rubens Ometto, da produtora de álcool e açúcar Cosan (463ª posição, US$ 2,1 bilhões), o sino-brasileiro Liu Ming Chung, radicado em Hong Kong, da empresa de papel Nine Dragons (582ª posição, US$ 1,7 bilhão), João Alves de Queiroz Filho, da Hypermarcas (616ª posição, US$ 1,6 bilhão), Jayme Garfinkel, da seguradora Porto Seguro (828ª posição, US$ 1,2 bilhão) e o banqueiro Julio Bozano (880ª posição, US$ 1,1 bilhão).


55% não sentem crise no Brasil

Por Nonato Viegas

Pesquisa da Fiesp (Federação da Industria de São Paulo) e do Instituto Ipsos aponta que mais da metada (55%) do população não sentiu os efeitos da crise.

Mil pessoas em nove regiões metropolitanas foram entrevistadas.

Dos que tomaram conhecimento (35%) das medidas do governo Lula contra a crise, 85% consideraram eficaz a redução da taxa básica de juros (Selic), e 70%, todas as outras – redução do IPI, maior volume de crédito de bancos públicos, por exemplo.

Para Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisa da Fiesp, “a pesquisa revela que os efeitos da crise não incomodam a sociedade como um todo e, por isso, não são amplificados”.

Diz que “se a crise não afeta, a pessoa continua consumindo”, apesar de considerar “curisoso” que não falte informação sobre a crise.

 

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BRASIL, ÍNDIA E CHINA ESTÃO BEM, DIZ ‘ECONOMIST’

Brasil, China e Índia estão bem, diz ‘Economist’

Por Nonato Viegas

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A ilustração é de Carlos Munoz e está na nova “Economist” para dizer que “Os pobres se unem na adversidade” ou “viram um time”.

Diz a reportagem que, enquanto “os ricos se angustiam” se o capitalismo anglo-saxão deve dar lugar à versão francesa, “os emergentes avançam sem angústia”. “Mais importante, os maiores emergentes já começam a ver pistas da recuperação”.

 

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Governo Yeda faria pressão para Detran ignorar supostas irregularidades

Por Nonato Viegas

Nomeados após a descoberta de desvio de R$ 44 milhões no Detran do Rio Grande do Sul, a presidente Estella Maris Simon e dois diretores do órgão pediram demissão à governadora Yeda Crusius (PSDB).

As saídas ocorreram depois que Simon determinou a rescisão do contrato com um de seus prestadores de serviços por supostas irregularidades.

Ela conta que havia relatado à Yeda Crusius que sofria pressão de outras secretarias para que revogasse a decisão.

O governo tucano nega a pressão.

Desvios de dinheiro, propina, protestos, violência contra jornalistas e até morte fazem parte de escândalos que envolvem o governo Yeda, no Rio Grande do Sul.

 

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O fim da era Thatcher

Por Nonato Viegas

“A experiência neoliberal fracassou sob todos os ângulos: as taxas de crescimento econômico diminuíram, a renda concentrou-se em toda parte, a instabilidade econômica aumentou, e agora essa experiência termina de forma inglória com a crise global”, escreve Luiz Carlos Bresser-Pereira, respeitado e independente intelectual tucano e ex-ministro da Fazenda de FHC, em artigo sobre os 30 anos de nomeação de Margaret Thatcher primiê britânica.reagan-thatcher

(thacther e reagan)

Bresser-Pereia diz que os dois grandes países que adotaram a doutrina Thatcher no limite -Rússia de Mikhail Gorbatchov e Boris Ieltsin e a Argentina de Carlos Menem- obtiveram resultado “desastroso”.

Diz o economista:

A redução dos salários foi alcançada, mas:
1) essa redução causou insuficiência de demanda e obrigou os países a produzirem mais bens de luxo e menos bens de salário para compatibilizar oferta e procura;
2) as políticas neoliberais de desregulamentação salarial minaram a solidariedade social, levando os trabalhadores a perder sua identificação com suas empresas e com seu país; e 3) a liberalização financeira tornou as economias nacionais mais sujeitas a crises, que se multiplicaram em todo o mundo: a desregulação “big bang” do setor financeiro promovida por Thatcher em 1986 está na origem da crise atual.

Para concluir, diz que “o neoliberalismo não voltará tão cedo: sua crise é incomparavelmente mais grave do que a desaceleração econômica que, nos anos 1970, facilitou o assalto neoliberal.”

 

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Por Nonato Viegas

A despeito da crise internacional, o site “Meio & Mensagem”, com base na pesquisa IPC-Target do Brasil em Foco, dá manchete: “Apoiado na classe C, consumo deve crescer no país” para R$ 1,8 trilhão em 2009. O salto é “superior à própria projeção do PIB”.

Já o site “IDG Now!”, diz Nelson de Sá, “informa que 9,8 milhões de brasileiros já assistem à TV pela internet, em casa”, usando o Ibope Nielsen Online como fonte.

Em um mês, de fevereiro para março, o número de “internautas-telespectadores” saltou 17%.

‘Folha’, ‘Estadão’ e ‘O Globo’ desabam

Por Nonato Viegas

Se “Folha de S.Paulo”, “Estadão”, “O Globo”, “Extra”, “Correio Braziliense” e “Jornal da Tarde” já estavam em alerta, o primeiro trimeste de 2009 fez soar o sinal vermelho.

Seis (“Folha”, “Estadão”, “O Dia”, “Diário de S.Paulo”, “Correio Braziliense” e “TJ”) dos 20 maiores jornais brasileiros tiveram a pior circulação da década. “O Globo” e “Extra” só não entram para o clube da crise, porque já tiveram períodos piores (2003 e 2004), mesmo assim, também caíram muito.

No Rio Grande do Sul, o “Correio do Povo” alcançou a segunda pior circulação desde o ano 2000.

Dados do IVC (Instituto Verificador de Circulação) mostram que a “Folha” fechou o primeiro trimestre de 2009 com média diária de 298.351. No começo de 2000, essa média era de 429.476. Já o “Estadão” caiu de 391.023 para 217.414, na mesma comparação.

“O Globo” também em crise, viu a média diária cair, em 2000, de 334.098 para 260.869, nos três primeiros meses de 2009. Seu resultado é superior apenas a dois outros anos dessa década: 2003 (com 258.485) e 2004 (250.480).

O “Extra” – também dos Marinho – registrou média diária de 264.715, no ínicio do ano 2000 e chegou a apenas 258.324 em 2009.

Em São Paulo, o paulistano popular “Diário de S. Paulo” – das Organizações Globo – fechou o primeiro trimestre deste ano com média de 61.088. Em 2000, quando se chamava “Diário Popular” e não pertencia aos Marinho, chegou a 151.831.

Outro concorrente direto, o “Jornal da Tarde” – Grupo Estado -, caiu de 58.504 para 50.433, no mesmo período.

Crise econômica: chute por chute, prefiro o gol

Por Nonato Viegas

A crise econômica mundial põe em xeque não só o sistema financeiro, mas a capacidade de previsão dos analistas econômicos – de todas as tendências ideológicas – já que ninguém fora capaz de, em suas análises, prever a crise por que o mundo estava às vésperas de atravessar. “Previsões sobre economia pouco ou nada têm de ciência. Estão bem mais perto de chute pura e simplesmente”, diz o jornalista Clóvis Rossi, ao sugerir que os jornais adotem o histórico de erros e acertos dos “chuteiros” da economia.

Se não são simplesmente chutes, as análises, ao menos parecem.

O FMI (Fundo Monetário Internacional) em janeiro, por exemplo, previu para 2009 crescimento da economia brasileira de 1,8%; agora, na última quarta-feira (22), divulgou nova estimativa: retração de 1,3%. Uma diferença de 3,1 pontos percentuais. “Soa como bruxaria falar do crescimento do país em um momento de tanta incerteza. Esta crise não é parecida com nada já ocorrido, é uma mutação”, diz Marcos Fernandes, coordenador do Centro de Estudos dos Processos de Decisão da FGV (Fundação Getulio Vargas), alertando para o risco das análises precipitadas.

Nos seis anos de governo Lula, o FMI não acertou uma previsão. Em 2008, quando chegou mais perto, errou por 1,3%. A estimativa do Fundo era de crescimento de 4,8%, mas a expansão brasileira fora de 5,1%. Entretanto, em 2004, estimou que o país avançaria 3,5%, quando, na verdade, registrou-se uma elevação de 5,7% no PIB. “Dá para acreditar?”, questiona Rossi para provocar: “Talvez desse, se tivesse havido um acerto nos anos anteriores, um só que fosse. Mas, ante o retrospecto, se você fosse gerente de banco, emprestaria dinheiro para o fundo?”.

De fato.

É com base no retrospecto dos clientes que bancos analisam a possibilidade de conceder crédito. Portanto, é necessário o entendimento de como as projeções são feitas para que, também, consumidores e empresas deem credibilidade às análises. “Os economistas conseguem prever bem o longuíssimo e o curtíssimo prazo, como o patamar em que as nações se encontrarão daqui a cinco anos ou a variação do câmbio na semana”, explica Fernandes.

Diante de estimativas de retração – quase unanimidade –, surgiram pílulas de boas notícias, dados reais, como as de que as montadoras de automóveis retomaram a produção pré-crise, as de que o comércio voltou ao ritmo anterior à crise, as de que os juros bancários são de novo como no período sem-crise, as de o emprego na construção também já é como era antes da crise, aos de que a concessão de crédito se aproxima do momento anterior à crise, de que a bolsa voltou ao patamar pré-crise e as previsões – de novo! – de que o Brasil será destino de investimentos no mundo no pós-crise. “E você, mortal comum, não acha mais sábio errar por sua própria conta?”, sugere Rossi.